5 estilos cognitivos de mentes criativas

A professora da Harvard Business School, Teresa Amabile, delimitou no seu livro seminal ‘Criatividade em Contexto’ (1996) uma gama de estilos cognitivos que estão associados à produção de ideias, produtos ou soluções criativas. Descrevo aqui 5 importantes*, não necessariamente em ordem de relevância:

1) Pensamento complexo: facilidade e apreciação em lidar com complexidades. Indivíduos que se sentem motivados em lidar com a complexidade no dia a dia do seu espaço ocupacional, tem maior capacidade de gerar respostas criativas. O pensamento complexo está associado a manter o campo de possibilidades de resposta aberto o quanto for possível. O pensador Heráclito de Éfeso (530 a.C. – 460 a.C.) sugere a espera como um caminho para o encontro do novo: “Se não se espera, não se encontra o inesperado”. Suportar a tensão de não ter vias definidas, possibilita que idéias novas e inusitadas apareçam.

2) Suspensão do julgamento: para aquele que quer conhecer o novo, o pensador da imaginação criadora, G. Bachelard (1884-1962), sugere entregar-se para o agora da imagem no minuto da imagem, sem se preocupar em avaliar se aquilo que aparece na nossa mente se encaixa no que se conhece como certo, errado, funcional ou disfuncional. Essa atitude possibilita entrar em contato com a novidade da imagem no próprio tempo do devir criativo. A suspensão do julgamento é o requisito do processo de brainstorming individual ou coletivo.

3) Lembrar com precisão: o mitólogo Campbell (1904-1987), defende que aqueles que conseguem codificar, armazenar e lembrar grandes quantidades de informação detalhada, tem provavelmente maior vantagem no desempenho criativo.

4) Quebra no modo de entender as coisas: demonstrou-se que pessoas que resolvem um problema de forma criativa são aquelas que conseguem ver além do sentido do objeto imediatamente dado. Como, por exemplo, um indivíduo que vê uma garrafa de vinho vazia não apenas como um objeto que vai para o lixo, mas como a base de um castiçal para decoração da varanda. Isso significa que a mente criativa pensa os objetos para além do sentido ordinário deles mesmos.

5) Romper com scripts: não seguir os passos usuais de se fazer as coisas, ou, pelo menos, perceber criticamente os processos e como as coisas são feitas, ao invés de apenas seguir o que é dado. O processamento criativo não entende o mundo como dado, mas como socialmente construído e passível de ser reinventado.

 

*Para facilitar o entendimento adicionei outras referências à explicação original da autora. Ainda no sentido de tornar mais fácil e leve o entendimento, fiz adaptações nos rótulos das categorias.

Crédito da foto: “I love my red umbrellaby Alice Popkorn, used under CC BY-ND 2.0

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