Neurociência da Criatividade

Mais do que conceito da moda, a criatividade é responsável pelo progresso humano, tanto pessoal, quanto social. A expressão da nossa criatividade aumenta nosso sentimento de satisfação na vida, porque é ela mesma a expressão da nossa verdade íntima. E, também, a criatividade é a função do avanço, de transcendência do estado das coisas, para um outro nível de consciência que viabiliza a superação e a construção do novo.

A notícia triste, e que todos sabemos, é que a criatividade é um fenômeno enigmático – como acessá-la? É de difícil explicação até mesmo para aqueles que trabalham com criação diretamente. Explicar a causa da criatividade é difícil, porque o que a define é justamente chegar em um resposta sem um caminho previamente definido ou conhecido. É criativa a resposta única e inusitada, que carrega alguma utilidade, mesmo que seja uma utilidade simbólica.

Para nossa sorte, o mistério da criatividade vem sendo desvendado pela psicologia social e pela neurociência. Recentemente, Siyuan Liu e colegas neurocientistas publicaram os resultados de uma pesquisa na Scientific Reports (2012), em que escanearam o cérebro de 12 rappers em duas situações distintas: primeiro enquanto cantavam músicas decoradas e, depois, enquanto improvisavam (freestyle). Os pesquisadores obtiveram revelações interessantes. Observaram que no momento em que os músicos improvisavam há uma reorganização elementar da atividade do cérebro, onde novo material é gerado, revalorado e revisado, enquanto que as áreas relacionadas à restrições convencionais como autocrítica e monitoramento de si, foram desativadas.

Os cientistas sugerem que respostas criativas emergem quando nos liberamos da autocrítica e da crítica que vem dos outros, e nos permitimos ser de modo mais espontâneo, atentos àquilo que vem de dentro de nós mesmos. Segundo a pesquisa, esse “deixar ser” permite que uma rede única de conexões apareça, ligando linguagem, emoções, funções motoras e processamento sensório de uma forma única. É esse processo que permite a percepção de revelação da novidade da obra. E a magnitude da obra está diretamente relacionada à potência da imaginação daquele que cria. Quando mais incisiva, expansiva e com alguma estruturada for o curso da sua imaginação, maior será a obra criada.

Esse achados somados a de outros pesquisadores do campo da criatividade, mostram que não é preciso ser especial para ser criativo. Basta não se importar muito com o ambiente e com as expectativas colocas pelos outros e por si mesmo, se conectar com as suas vivências e paixões internas genuínas, e exercitar a expressão livre. Respeite suas próprias intuições e se deixe guiar pelo curso da sua imaginação, livre do peso do adequado e do inadequado. O que diferencia os muito criativos dos não muito, basicamente é a intensidade da capacidade de imaginação, o exercício da liberdade expressiva das suas paixões e a persistência.

“A verdadeira criatividade é impossível sem algum grau de paixão.”

– Teresa Amabile –

Créditos da Imagem (Image credits): “Speed…” by Matthias Ripp, used under CC BY 2.0.

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