O craque que se acha Superhomem

Algumas pessoas tem grande êxito na sua vida profissional e acabam acreditando que, pelo fato de terem conseguido grande sucesso num campo, facilmente terão êxito em outros sem muito esforço extra, e acabam se dando mal financeiramente, emocionalmente, nos relacionamentos ou na carreira.

Essa crença de “sou capaz de tudo” pode ser formada de algumas maneiras. Cito algumas. A primeira delas é quando a nossa mãe nos faz acreditar que nossas falhas se devem sempre aos outros ou à circunstância específica, nunca à nossa incapacidade ou limitação no momento, no esforço de querer nos proteger da percepção de que não podemos tudo ou de que não somos perfeitos.

A segunda podem ser nossos subordinados que desejam ser queridos e populares e, assim, evitam discordar ou fazer críticas a nós líderes. Com isso acabamos nos tornando como aquele imperador da fábula que desfilou pela cidade nu, crente de que estava muito bem vestido com sua roupa nova, por ter sido bajulado e elogiado por todos aqueles que estavam próximos a ele, enquanto que de fato ele estava sendo ridículo. E uma terceira maneira pode ser nosso próprio chefe, que não quer ser portadores de uma notícia ruim ou desagradável para nós, e leva a situação como se tudo estivesse bem. No fundo o que acabam fazendo é fabricando a própria corda que, por fim, nos enforcará, porque a de chegar o momento em que não haverá outra saída que não nos demitir.

Essa crença de que invencibilidade (sou capaz de tudo) pode gerar prejuízos em diversas maneiras. Pode fazer com que o aluno brilhante do colégio no interior do estado que ganhou uma bolsa para estudar em Stanford se sinta deprimido, porque agora está em meio alunos tão brilhantes quanto ele e não tem mais a reputação de estrela genial que tinha na cidadezinha. Pode fazer o adolescente de familia rica acreditar que tem o direito de conseguir tudo o que quer, independentemente de sua capacidade, qualidades e esforço pessoal. Pode fazer o empresário acreditar que porque foi muito bom na área de construção civil, certamente poderá ter muito sucesso na área do varejo sem muita dificuldade, e amargará prejuízos – como foi o caso do empresário canadense Albert Campeau. Como diz Bill Gates: “O sucesso é um péssimo professor. Ele seduz pessoas inteligentes a pensar que não podem perder.”

Desse modo, excesso de otimismo também pode ser prejudicial, porque gera uma visão distorcida da realidade, impedindo o acesso ao que de fato está acontecendo, para que possamos tomar as ações melhor ancoradas nas evidências da circunstância que se apresenta. Para evitar crer ser como Peter Pan, que acreditava bastar ter pensamentos felizes para sair voando, faça as seguintes perguntas para si mesmo antes de entrar em uma nova empreitada no âmbito pessoal ou profissional:

  • O que é que eu sei a respeito disso?
  • Que vantagens tenho?
  • Quais são as desvantagens?
  • O que eu tenho que aumenta minhas chances de êxito nesse campo, além de ficar alimentando meu otimismo?

A perspectiva realista é chave para o êxito. Ela nos coloca a investigar os fatos, estudar a matéria, avaliar as possibilidades, criar e verificar as hipóteses que sustentam as premissas do nosso intento, antes de seguir adiante. Com o respaldo de evidências da realidade temos maiores chances de que as coisas deem certo para nós.

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